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Mostrando postagens de agosto, 2019

Bahá'i Gardens: Sobre a descoberta dos jardins sagrados

Meu nome é Camila Greiner. Sou carioca, de 28 anos, antropóloga, professora e geminiana. Há oito meses estou morando em Haifa, cidade no norte de Israel e exemplo da coexistência pacífica entre muçulmanos e judeus. A cidade é cheia de referências multiculturais, centros de cultura, museus, mesquitas e sinagogas, tudo junto e misturado. Andando nas ruas, é visível a diversidade que a cidade preserva. Em tempos sombrios como esse em que vivemos, tenho que reconhecer Haifa faz um ótimo trabalho e jus à fama de “referência intercultural”. É a terceira maior cidade de Israel, atrás de Jerusalém e Tel Aviv. A primeira dispensa apresentações. Uma das cidades mais antigas de que temos registro, considerada sagrada por cristãos, mulçumanos e judeus, alvo de disputas entre árabes e israelenses, recentemente voltou aos “trend topics” mundiais fruto de uma campanha oportunista e patética, onde pretende transformá-la em capital de Israel (atualmente é Tel Aviv), mais uma do repertório de besteiro

PESSOAS & PROFISSÕES - Vivian, uma conservadora e restauradora carioca! Parte III

Chegamos à parte final da entrevista com a Vivian Paccico. A parte 1 está aqui , e a 2 aqui . Veremos um pouco da rotina de trabalho de uma conservadora da Casa de Rui Barbosa ! Como você aplica os elementos que vimos no seu dia-a-dia, na sua rotina? Nas suas decisões? No trabalho, a gente nunca toma a decisão sozinho. A gente tá sempre conversando, trocando, nunca ninguém pega e faz, da cabeça, sem conversar com a chefia, com o colega. Quais os principais acervos que vocês tem? Rui Barbosa, a nossa cereja do bolo. Tem a parte artística, estética, artes visuais dos escritores. Obras de arte feita por pessoas que ficaram mais famosas pela escrita.Tem muito mobiliário, que faz parte do Arquivo Museu de Literatura Brasileira. Um caráter especial, já que é um arquivo que recebe também obras tridimensionais. Tem o acervo da Biblioteca São Clemente, que basicamente engloba todos os outros escritores. Entra principalmente o Plínio Doyle, acho que é a segunda maior coleção aqui. E tem o

PESSOAS & PROFISSÕES - Vivian, uma conservadora e restauradora carioca! Parte II

  Continuando a entrevista com a conservadora e restauradora Vivian Paccico , nessa segunda parte, vemos um pouco da sua formação ao longo dos primeiros anos de contato com a área :) Queria que você contasse um pouco sobre como era o seu curso na Estácio. Você pegou uma fase pioneira, né? Sim. A segunda turma. Não tinha curso aqui no Rio, né? Como a gente tava falando. Foi uma luta pra conseguir um lugar. São restauradores do Rio que montaram esse projeto de curso; a Daisy Ketzer, a Alessandra Gibelli... viram esse mercado, montaram uma pauta e decidiram tentar. Foi um processo longo, até que conseguiram levar pra Estácio. Tinha uma infra-estrutura maravilhosa. Não me arrependi nunca de ter pago por isso; se fosse numa faculdade pública, não teria tido essa infra-estrutura, não teria feito tudo o que fiz. O curso fechou... as turmas eram muito pequenas. É uma coisa muito pessoal, você tem que ficar muito próximo do aluno... tem que ficar muito atento.   Alunos do curso da Es

PESSOAS & PROFISSÕES - Vivian, uma conservadora e restauradora carioca! Parte I

Oi pessoal, dando continuidade à nossa coluna de Pessoas e Profissões, hoje abordamos uma área pouco familiar à maioria de nós: a conservação e o restauro, em especial aqui no Rio de Janeiro. A Vivian Paccico, de 32 anos, se formou em Conservação e Restauro pela Estácio de Sá, em 2009, e já acumulou muitas visões e histórias ao longo desses dez anos de trajetória! A idéia de abordar essa área em especial veio da sua visibilidade ainda incipiente, da sua dimensão interdisciplinar, e, claro, das percepções sobre como escolher uma profissão e redefini-la durante o percurso :) Por conta da extensão da conversa, essa entrevista foi dividida em 3 partes. Essa é a primeira.   Vivian Paccico, nossa entrevistada da vez :) Foto de acervo pessoal. Vivian, como você escolheu um curso que, naquela época, tinha zero visibilidade? Hoje já não tem muita. Naquela época, era pior ainda. Foi uma novela. Eu saí do 2o grau sem a menor idéia do que queria fazer. Sempre mexi com computador, go