Meu nome é Camila Greiner. Sou carioca, de 28 anos, antropóloga, professora e geminiana. Há oito meses estou morando em Haifa, cidade no norte de Israel e exemplo da coexistência pacífica entre muçulmanos e judeus. A cidade é cheia de referências multiculturais, centros de cultura, museus, mesquitas e sinagogas, tudo junto e misturado. Andando nas ruas, é visível a diversidade que a cidade preserva. Em tempos sombrios como esse em que vivemos, tenho que reconhecer Haifa faz um ótimo trabalho e jus à fama de “referência intercultural”. É a terceira maior cidade de Israel, atrás de Jerusalém e Tel Aviv. A primeira dispensa apresentações. Uma das cidades mais antigas de que temos registro, considerada sagrada por cristãos, mulçumanos e judeus, alvo de disputas entre árabes e israelenses, recentemente voltou aos “trend topics” mundiais fruto de uma campanha oportunista e patética, onde pretende transformá-la em capital de Israel (atualmente é Tel Aviv), mais uma do repertório de besteiro...