Meu nome é Camila Greiner. Sou carioca, de 28 anos, antropóloga, professora e geminiana. Há oito meses estou morando em Haifa, cidade no norte de Israel e exemplo da coexistência pacífica entre muçulmanos e judeus. A cidade é cheia de referências multiculturais, centros de cultura, museus, mesquitas e sinagogas, tudo junto e misturado. Andando nas ruas, é visível a diversidade que a cidade preserva. Em tempos sombrios como esse em que vivemos, tenho que reconhecer Haifa faz um ótimo trabalho e jus à fama de “referência intercultural”. É a terceira maior cidade de Israel, atrás de Jerusalém e Tel Aviv.
A primeira dispensa apresentações. Uma das cidades mais antigas de que temos registro, considerada sagrada por cristãos, mulçumanos e judeus, alvo de disputas entre árabes e israelenses, recentemente voltou aos “trend topics” mundiais fruto de uma campanha oportunista e patética, onde pretende transformá-la em capital de Israel (atualmente é Tel Aviv), mais uma do repertório de besteirol de Donald Trump e da direita do mundo todo. Jerusalém respira história: confesso que toda vez que vou lá dou um passeio na Cidade Velha, destino obrigatório, visto que é um dos lugares mais sagrados do mundo pra cristãos, mulçumanos e judeus.
Já Tel Aviv é o oposto: um dos maiores destinos LGBT+ do mundo, com uma parada gay que reuniu 250.000 pessoas esse ano. É cosmopolita, cheia de influências europeias e corre pra se tornar referência de modernidade no Oriente - os arranha-céus em construção, as infinitas obras do metrô, a crescente especulação imobiliária (acompanhada de um processo de gentrificação em bairros periféricos) são a prova do esforço pra ampliação e renovação da cidade . Aliás, esse é um ponto interessante, sobre o qual sempre me pego pensando: as transformações que o país vem passando ao longo do tempo, com apenas 71 anos de existênica - a idade de nossas avós – e a expansão acirrada; pra todo lado que se olha, tem uma construção nova surgindo. A arquitetura foi pensada para acomodar os novos imigrantes que chegavam; os prédios são no formato de blocos, com não mais de 4 andares, da mesma cor e enfileirados, contrastando com a arquitetura Bauhaus de Tel Aviv e se misturando com os edifícios espelhados no horizonte.
Andando nas ruas, repletas de cafés e restaurantes hipster, você esquece que está no mesmo país onde 12% da população corresponde a religiosos ortodoxos. Tendo esse panorama geral, conseguimos ver em Haifa uma cidade no meio entre a tradição e modernidade.
As surpresas no caminho
E foi nessas terras que descobri um outro grupo religioso que tem Haifa como centro espiritual: os Bahá’is. Religião monoteísta, criada no Irã, no século XIX e ainda pouco conhecida, é baseada na palavra de Bahá’u’lláh, seu profeta:
“As crenças bahá’ís tratam de temas como a unicidade de Deus e da religião, a unicidade da humanidade e a eliminação de preconceitos, a nobreza inerente do ser humano, a revelação progressiva da verdade religiosa, o desenvolvimento de qualidades espirituais, a integração entre adoração e serviço, a igualdade fundamental dos sexos, a harmonia entre religião e ciência, a centralidade da justiça em todos os empreendimentos humanos, a importância da educação e a dinâmica dos relacionamentos que devem unir indivíduos, comunidades e instituições à medida que a humanidade avança rumo à sua maturidade coletiva” (bahai.org.br)
Tudo começou em 1817, no império Persa, com o nascimento do profeta Bahá’u’lláh. Filho de uma família nobre, renunciou à vida luxuosa e, como todo bom profeta, se dedicou a ajudar os pobres. Para entender a formação dos Bahái’is, precisamos voltar mais ainda no tempo.
Teerã, 1844. Antes de se proclamar como profeta e fundador de uma nova religião, Bahá’u’lláh foi discípulo de Siyyid Ali-Muhammad, ou Bab. O Bab foi líder de uma nova religião, o Babismo, que desafiou o Islã, contestou Maomé como principal profeta e criou suas próprias regras (entre elas, a abolição do uso do véu pelas mulheres!). Como era de se esperar, padeceu no Irã do século XIX, onde morreu. Antes, porém, professou a vinda de um um segundo profeta – esse, sim, o escolhido para prosseguir com suas palavras. Adivinhem quem? Sim, Bahá’u’lláh!
Bahá’i Gardens
Os Bahá’i mantêm jardins ao redor do mundo: são seus santuários, abertos à visitação de qualquer um, gratuitos, incrivelmente belos - na minha primeira visita, apelidei de Versalhes do Oriente - e mantidos por doações de Bahá’is do mundo inteiro, o que me fez pensar no perfil socioeconômico dos adeptos dessa fé. Eles também trabalham na conservação e viajam ao redor do mundo oferecendo serviço voluntários nos centros Bahá’i. O país de maior concentração de Bahá'ís é a Índia, com 2,2 milhões de seguidores; o Irã vem em segundo lugar, com cerca de 1 milhão de Bahá'ís.. No Brasil, estima-se 57 mil membros.
Visitei os dois principais centros: o primeiro está em Akko, cidade árabe no norte de Israel, e o segundo na própria Haifa, no monte Carmel. Em Akko, o profeta Bahá’ú’llah viveu seus últimos dias e lá estão as suas cinzas, então é considerado o mais sagrado dos templos.
Os jardins são lindíssimos! A vegetação é cuidadosamente mantida de forma simétrica, as flores de cores vibrantes são escolhidas de maneira a contrastar com o verde da grama (que parece artificial de tão verde). E os pinheiros em formato de cone? Uma fofura! O jardim também conta com fontes de água e algumas estátuas - não há um simbolismo especial na escolha desses ornamentos; a função principal dos adereços é sua apreciação.
Dentro de cada jardim, existe um templo de meditação. A entrada é restrita, e é proibido tirar fotos, entrar de sapatos, conversar. Roupas curtas? nem pensar! E por isso nem sempre os turistas conseguem visitar. Só tive sorte em Akko, quando o tour incluía também a visita ao templo.
Uma das coisas que me chamou atenção foi a ausência de divisão de espaços, tarefas e funções por gênero. Outra coisa curiosíssima (e da qual gostei bastante) foi como se constrói a pessoa Baha’i. Ao contrário de muitas religiões, o pertencimento não se dá pela hereditariedade ou por um rito de passagem, como um batismo. Filhos de pais Baha’í podem escolher se querem ou não integrar o grupo, mas apenas aos 16 anos. A entrada no grupo ocorre a partir dessa escolha, feita de forma (mais) consciente e enfatizando o livre arbítrio.
Templo do Jardim, Haifa. Acervo pessoal (2019).
Tour guiado aberto aos turistas, Haifa. Acervo pessoal (2019).
NOTAS
1. Como e porque eu vim parar aqui eu vou explicar na parte dois desse artigo, a história é longa!
2. Aqui vão os números aproximados de população: Jerusalém com 882,652 habitantes, Tel Aviv com 438,818 e Haifa com 279,591.
3. Gay Tel Aviv Guide: https://www.gaytelavivguide.com/template/default.aspx?PageId=16. Acesso em 05 de agosto de 2019.
4. Se a gente acha caro morar no Rio de Janeiro, experimente os aluguéis de Tel Aviv. A média de preço é de 7.000 a 8.000 NIS por um apartamento de três quartos nos pontos mais nobres da cidade. Ok, vamos levar em conta que o salário mínimo israelense é de 5.300,00 Shekel, equivalente a 6.021,00 Reais, mas ainda assim os altos preços de aluguel em Tel Aviv são alvos de muita reclamação. Diversos fatores explicam: um deles é que a cidade está lotada de turistas e novos imigrantes europeus e norte americanos o que consequentemente estimula a alta dos preços pelos proprietários israelenses.
5. Pra quem quiser saber mais sobre as transformações urbanas por aqui e a coexistência entre mulçumanos e judeus nos mesmos espaços, esse documentário é bem legal: https://www.youtube.com/watch?v=7WGnJ5G2f4s. Acesso em 21 de agosto de 2019.
6. Mais números!!! Em 2010, 8% da população israelense era composta por judeus ultra-ortodoxos, 12% de ortodoxos; 25% se consideravam religiosos tradicionais (aqueles que seguem a tradição, mas não estritos) e 42% população secular.
7. Pensando antropologicamente como essa narrativa da coexistência pode ser apropriada pelos diferentes agentes no jogo político, ela serve ao mesmo tempo como “cidade modelo”, pronta pra uma propaganda do Estado Israelense sobre como eles podem coexistir, e, ao mesmo tempo, resistência e igualdade da população . No Oriente Médio, coexistência é uma palavra valiosa e não dá pra deixar passar, assim, à toa. Vide: https://internacional.estadao.com.br/blogs/gustavo-chacra/por-que-a-multicultural-haifa-e-um-bastiao-contra-intolerancia-xenofoba/. Acesso em 25 de agosto de 2019.
8. Bab, em árabe, significa “porta” ou “portal” - nesse caso, para o conhecimento divino
9. Isso é um resuminho básico das origens dos Baha'i; pra saber mais detalhes deixo essa referência bem legal: Smith, Peter (2008). An Introduction to the Baha'i Faith. Cambridge: Cambridge University Press.
10. Fonte: https://pt.bahaipedia.org/F%C3%A9_Bah%C3%A1%27%C3%AD. Acesso em 05 de agosto de 2019.
A primeira dispensa apresentações. Uma das cidades mais antigas de que temos registro, considerada sagrada por cristãos, mulçumanos e judeus, alvo de disputas entre árabes e israelenses, recentemente voltou aos “trend topics” mundiais fruto de uma campanha oportunista e patética, onde pretende transformá-la em capital de Israel (atualmente é Tel Aviv), mais uma do repertório de besteirol de Donald Trump e da direita do mundo todo. Jerusalém respira história: confesso que toda vez que vou lá dou um passeio na Cidade Velha, destino obrigatório, visto que é um dos lugares mais sagrados do mundo pra cristãos, mulçumanos e judeus.
Já Tel Aviv é o oposto: um dos maiores destinos LGBT+ do mundo, com uma parada gay que reuniu 250.000 pessoas esse ano. É cosmopolita, cheia de influências europeias e corre pra se tornar referência de modernidade no Oriente - os arranha-céus em construção, as infinitas obras do metrô, a crescente especulação imobiliária (acompanhada de um processo de gentrificação em bairros periféricos) são a prova do esforço pra ampliação e renovação da cidade . Aliás, esse é um ponto interessante, sobre o qual sempre me pego pensando: as transformações que o país vem passando ao longo do tempo, com apenas 71 anos de existênica - a idade de nossas avós – e a expansão acirrada; pra todo lado que se olha, tem uma construção nova surgindo. A arquitetura foi pensada para acomodar os novos imigrantes que chegavam; os prédios são no formato de blocos, com não mais de 4 andares, da mesma cor e enfileirados, contrastando com a arquitetura Bauhaus de Tel Aviv e se misturando com os edifícios espelhados no horizonte.
Andando nas ruas, repletas de cafés e restaurantes hipster, você esquece que está no mesmo país onde 12% da população corresponde a religiosos ortodoxos. Tendo esse panorama geral, conseguimos ver em Haifa uma cidade no meio entre a tradição e modernidade.
As surpresas no caminho
E foi nessas terras que descobri um outro grupo religioso que tem Haifa como centro espiritual: os Bahá’is. Religião monoteísta, criada no Irã, no século XIX e ainda pouco conhecida, é baseada na palavra de Bahá’u’lláh, seu profeta:
“As crenças bahá’ís tratam de temas como a unicidade de Deus e da religião, a unicidade da humanidade e a eliminação de preconceitos, a nobreza inerente do ser humano, a revelação progressiva da verdade religiosa, o desenvolvimento de qualidades espirituais, a integração entre adoração e serviço, a igualdade fundamental dos sexos, a harmonia entre religião e ciência, a centralidade da justiça em todos os empreendimentos humanos, a importância da educação e a dinâmica dos relacionamentos que devem unir indivíduos, comunidades e instituições à medida que a humanidade avança rumo à sua maturidade coletiva” (bahai.org.br)
Tudo começou em 1817, no império Persa, com o nascimento do profeta Bahá’u’lláh. Filho de uma família nobre, renunciou à vida luxuosa e, como todo bom profeta, se dedicou a ajudar os pobres. Para entender a formação dos Bahái’is, precisamos voltar mais ainda no tempo.
Teerã, 1844. Antes de se proclamar como profeta e fundador de uma nova religião, Bahá’u’lláh foi discípulo de Siyyid Ali-Muhammad, ou Bab. O Bab foi líder de uma nova religião, o Babismo, que desafiou o Islã, contestou Maomé como principal profeta e criou suas próprias regras (entre elas, a abolição do uso do véu pelas mulheres!). Como era de se esperar, padeceu no Irã do século XIX, onde morreu. Antes, porém, professou a vinda de um um segundo profeta – esse, sim, o escolhido para prosseguir com suas palavras. Adivinhem quem? Sim, Bahá’u’lláh!
Bahá’i Gardens
Os Bahá’i mantêm jardins ao redor do mundo: são seus santuários, abertos à visitação de qualquer um, gratuitos, incrivelmente belos - na minha primeira visita, apelidei de Versalhes do Oriente - e mantidos por doações de Bahá’is do mundo inteiro, o que me fez pensar no perfil socioeconômico dos adeptos dessa fé. Eles também trabalham na conservação e viajam ao redor do mundo oferecendo serviço voluntários nos centros Bahá’i. O país de maior concentração de Bahá'ís é a Índia, com 2,2 milhões de seguidores; o Irã vem em segundo lugar, com cerca de 1 milhão de Bahá'ís.. No Brasil, estima-se 57 mil membros.
Visitei os dois principais centros: o primeiro está em Akko, cidade árabe no norte de Israel, e o segundo na própria Haifa, no monte Carmel. Em Akko, o profeta Bahá’ú’llah viveu seus últimos dias e lá estão as suas cinzas, então é considerado o mais sagrado dos templos.
Entrada dos Bahá'í Gardens na cidade de Akko. Acervo pessoal (2019)
Os jardins são lindíssimos! A vegetação é cuidadosamente mantida de forma simétrica, as flores de cores vibrantes são escolhidas de maneira a contrastar com o verde da grama (que parece artificial de tão verde). E os pinheiros em formato de cone? Uma fofura! O jardim também conta com fontes de água e algumas estátuas - não há um simbolismo especial na escolha desses ornamentos; a função principal dos adereços é sua apreciação.
Dentro de cada jardim, existe um templo de meditação. A entrada é restrita, e é proibido tirar fotos, entrar de sapatos, conversar. Roupas curtas? nem pensar! E por isso nem sempre os turistas conseguem visitar. Só tive sorte em Akko, quando o tour incluía também a visita ao templo.
Bahá'i Gardens de Haifa, Monte Carmel, ao fundo a baía de Haifa. Acervo pessoal (2019).
Selfie no jardim em Akko :) Acervo pessoal (2019).
Os jardins são cheios de visitantes sem conexão com a religião e voluntários do mundo todo, o que agrega essa atmosfera turística excitante que só os locais reconhecidos como importantes possuem. Versalhes do Oriente, um pouco mais singelo e mais quentinho que o original francês, é um ótimo programa pra quem está por essas bandas. Nessa terra onde, pra muita gente, tudo foi (ou ainda é) sagrado, onde as pessoas estão (re) criando suas formas de existir, disputando espaços, narrativas e até deuses foi ótimo descobrir que nada disso se esgota e que o mundo é um grande novelo de lã, muito mais misturado do que a gente imagina.
Jardim de Akko. Acervo pessoal (2019)
Vista do alto do jardim de Haifa, ao fundo a cidade. Acervo pessoal (2019).
Templo do Jardim, Haifa. Acervo pessoal (2019).
Tour guiado aberto aos turistas, Haifa. Acervo pessoal (2019).
NOTAS
1. Como e porque eu vim parar aqui eu vou explicar na parte dois desse artigo, a história é longa!
2. Aqui vão os números aproximados de população: Jerusalém com 882,652 habitantes, Tel Aviv com 438,818 e Haifa com 279,591.
3. Gay Tel Aviv Guide: https://www.gaytelavivguide.com/template/default.aspx?PageId=16. Acesso em 05 de agosto de 2019.
4. Se a gente acha caro morar no Rio de Janeiro, experimente os aluguéis de Tel Aviv. A média de preço é de 7.000 a 8.000 NIS por um apartamento de três quartos nos pontos mais nobres da cidade. Ok, vamos levar em conta que o salário mínimo israelense é de 5.300,00 Shekel, equivalente a 6.021,00 Reais, mas ainda assim os altos preços de aluguel em Tel Aviv são alvos de muita reclamação. Diversos fatores explicam: um deles é que a cidade está lotada de turistas e novos imigrantes europeus e norte americanos o que consequentemente estimula a alta dos preços pelos proprietários israelenses.
5. Pra quem quiser saber mais sobre as transformações urbanas por aqui e a coexistência entre mulçumanos e judeus nos mesmos espaços, esse documentário é bem legal: https://www.youtube.com/watch?v=7WGnJ5G2f4s. Acesso em 21 de agosto de 2019.
6. Mais números!!! Em 2010, 8% da população israelense era composta por judeus ultra-ortodoxos, 12% de ortodoxos; 25% se consideravam religiosos tradicionais (aqueles que seguem a tradição, mas não estritos) e 42% população secular.
7. Pensando antropologicamente como essa narrativa da coexistência pode ser apropriada pelos diferentes agentes no jogo político, ela serve ao mesmo tempo como “cidade modelo”, pronta pra uma propaganda do Estado Israelense sobre como eles podem coexistir, e, ao mesmo tempo, resistência e igualdade da população . No Oriente Médio, coexistência é uma palavra valiosa e não dá pra deixar passar, assim, à toa. Vide: https://internacional.estadao.com.br/blogs/gustavo-chacra/por-que-a-multicultural-haifa-e-um-bastiao-contra-intolerancia-xenofoba/. Acesso em 25 de agosto de 2019.
8. Bab, em árabe, significa “porta” ou “portal” - nesse caso, para o conhecimento divino
9. Isso é um resuminho básico das origens dos Baha'i; pra saber mais detalhes deixo essa referência bem legal: Smith, Peter (2008). An Introduction to the Baha'i Faith. Cambridge: Cambridge University Press.
10. Fonte: https://pt.bahaipedia.org/F%C3%A9_Bah%C3%A1%27%C3%AD. Acesso em 05 de agosto de 2019.
Por quase duas linhas eu pensei que era algo do tipo a criação de uma personalidade semi-descolada rsrsrs
ResponderExcluirAdorei! Viajei real e me lembrei de uns HQs que eu lia no colégio.
Lembro da história dos Baha’í mas fiquei impressionada com a estimativa de Baha’í s no Brasil
(JuF)