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Pequenas células cinzas, episódio 1,5 - o "estudo da natureza humana"

Na 1a parte desse episódio 1, vimos algumas das conexões entre modelos de romance policial e concepção de crime e investigação. Hoje, vamos adentrar à carne do tema: a percepção fina da Agatha Christie em postular o próprio processo do romance policial como um "estudo da natureza humana". Não por acaso, parte da sua obra dialoga com vertentes da psicologia contemporâneas da autora, e sobretudo a psicanálise - tendo, inclusive, Freud entre seus leitores assíduos (Mijolla-Mellor, 2012).

Em Um estudo em vermelho, obra pioneira de Sherlock Holmes, onde o Dr. Watson retrata como o conheceu e os desdobramentos do primeiro caso que acompanhou, somos apresentados ao modo de proceder sistemático - a "Ciência da Dedução e Análise" - que configurará as aventuras futuras da dupla. Agatha Christie não reúne suas percepções em uma obra seminal - embora, de fato, anuncie o "estudo da natureza humana" como o grande tema dos detetives e das investigações desde o Assassinato de Roger Ackroyd. Aqui, veremos algumas falas não exaustivas da bibliografia, em que personagens explicitam o proceder, os princípios e a perspectiva envolvidos nesse estudo, fundamental para a identificação correta do culpado. Mas, antes de mergulharmos nas amostras, entendamos melhor a estrutura sherlockiana.

A PROPOSTA DE SHERLOCK

Em Um estudo em vermelho, imergimos na rotina e nas convicções de Sherlock Holmes graças às anotações metódicas do Dr. Watson em seu diário. Ele mesmo declara, a certa altura, que 'o estudo próprio para a humanidade é o homem' (Conan Doyle, 2013, p.22).

 
A primeira edição no formato livro de Um estudo em vermelho, de 1888.
 
No entanto, a metodologia defendida por Sherlock - que Watson descobre ao ler sob a forma de artigo de jornal - procura mais semelhanças, elementos identificadores de tipos ideais, do que realmente se aprofunda nas tormentas humanas. Sherlock a batiza de Ciência da Dedução e da Análise. Para o detetive, "antes que se volte para aqueles aspectos morais e mentais da matéria que apresentam maior dificuldade, permita-se ao investigador começar dominando problemas mais elementares" (ibidem, p.32). Nesse aspecto, a observação e a junção de dados são os principais processos envolvidos - a ponto de Watson considerar que "nunca [...] ninguém tornará a detecção tão próxima de uma ciência exata como você [Sherlock] o fez" (ibidem, p.57).

O enredo desse primeiro caso se passa em 1878 - justamente, na vida real, um momento de ebulição da pesquisa científica e de debate sobre método, concepção e rigor no "fazer ciência". À guisa de ilustração, o médico e fisiologista Claude Bernard morreu em 1878, e Louis Pasteur vivia um momento profícuo de produtividade. Em 1874, Pasteur seria agraciado com a medalha Copley, o prêmio mais prestigioso atribuído pela Royal Society britânica por descobertas científicas. E, em 1882, receberia a medalha Albert, também oriunda da Royal Society. (Em ambos os casos, foi premiado por conta desuas pesquisas sobre fermentação) Gaston Bachelard, nome de peso da filosofia da ciência, nasceria em 1884. A ciência se consolidava não apenas por conta de novas descobertas, mas também pela decupagem de processos, pela elaboração de regras e de etapas definidas.

Nesse aspecto, a Ciência defendida por Sherlock é filha do seu tempo. O detetive está mais preocupado em um "encadeamento de idéias" (ibidem, p.35) a partir da observação como "segunda natureza" (ibidem, p.34) do que em se aprofundar nas variedades humanas. Pelo contrário: é graças ao modelo sistemático, à generalização a partir dos elementos bem observados, que se pode concluir corretamente sobre o entorno. O ser humano, em especial, não é o principal assunto. Percebe-se, inclusive, que Sherlock não se interessa muito por debates humanos, como a política. Em vez disso, se dedica a suportes físicos, químicos e ambientais mais pragmáticos. De fato, para ele, "toda a vida é portanto uma grande corrente, cuja natureza é conhecida sempre que vislumbramos um único de seus elos" (ibidem, p.32); e defende que "nossas idéias devem ser tão vastas quanto a Natureza, se pretendem interpretá-la" (ibidem, p.66). Pois é a Natureza o grande objeto de estudo, em que a "a versatilidade do espírito humano" (ibidem, p.64) se insere como um dos inúmeros assuntos a serem observados. A decupagem desses assuntos em itens elementares sincroniza, de alguma maneira, a própria discussão atômica, não acham? Afinal, seriam eles os elementos indivisíveis da grande Natureza.

Em termos de método, a Ciência da Dedução não é um procedimento especial. Embora Sherlock se considere um homem atípico, e esteja plenamente consciente de suas faculdades aguçadas, ele não atribui seus bons resultados à metodologia em si. Ela facilita e agiliza conclusões, mas está ao alcance de todos os mortais: "um mágico perde todo o crédito depois que explica seu truque, e se eu lhe mostrar demais do meu método de trabalho, chegará à conclusão de que, afinal, não passo de um sujeito muito comum" (ibidem, p.57). Nem mesmo é preciso reunir todos os conhecimentos possíveis, mas sim seguir o "encadeamento de idéias" (ibidem, p.35), até alcançar a conclusão correta - a única possível, por exclusão. Assim, até "de uma gota d'água, [...] um lógico poderia inferir a possibilidade de um Atlântico ou um Niágara, sem ter visto ou ouvido falar de qualquer um dos dois" (ibidem, p.32).

Por sua vez, o levantamento e seleção de informações de memória são imprescindíveis para concluir corretamente. No entanto, a escolha do que consiste uma informação importante é judiciosa. Para Sherlock, o "cérebro de um homem é originalmente como um pequeno sótão vazio, que temos de encher com os móveis que escolhemos. Um tolo recolhe todo tipo de trastes com que depara, de modo que o conhecimento que lhe poderia ser útil fica atravancado, ou na melhor das hipóteses misturado com muitas outras coisas, de modo que ele tem dificuldade em localizá-lo. [...] É um erro pensar que o quartinho tem paredes elásticas e pode se expandir até qualquer medida. [...] É da maior importância, portanto, não ter fatos inútes expulsando os úteis" (ibidem, p.26). E ele mesmo não se isenta de esquecer o que considera inútil.

(Reparem que, embora Sherlock esteja convicto de seus processos a ponto de divulgá-los no jornal, a discussão moral participa fortemente do enredo. Outras personagens não se sentem à vontade com os métodos, que consideram não apenas excêntricos, como exagerados, desprovidos de empatia, hiper-racionais. É o caso do colega de laboratório, desconfortável quando Sherlock bate em cadáveres para pesquisar hematomas. Ademais, a Providência divina está implícita, indicando a parcialidade do julgamento humano, mesmo com uma justiça formal estruturada. O Estudo em vermelho recebe uma confissão final do culpado e entra em xeque: uma vingança pode ser justificável? O ato de redimir-se atenua sua culpa?)

Nesses aspectos, Sherlock é, antes de tudo, um sistemático especial, para quem "onde não há imaginação não há horror" (ibidem, p.66). Muito mais do que um grande criativo, aparece como um grande analista: considera-se o "único detetive consultor no mundo", mesmo reconhecendo a existência de detetives de governo e privados, atividades que não descreve. Sua particularidade consiste em resolver problemas a partir de generalizações e considerando o peso dessas transgressões na justiça humana. Por exemplo, "o fio vermelho do assassinato corre através da meada incolor da vida, e nosso dever é desemaranhá-lo, isolá-lo e expor cada centímetro dele" (ibidem, p.64). Os motivos particulares do assassino podem, inclusive, ser plenamente justificáveis no plano moral; a Sherlock, interessa desemaranhar. E a "variedade da alma humana" realmente se resume a um tema "para humanos", sem o mesmo valor do proceder científico.

(A eficiência do método de cada detetive gera inclusive piscadelinhas entre autores, mencionando referências anteriores ou tratando clichês do mundo da investigação - "o crime padrão", inexistente na "vida real" do romance, apontando no que são insuficientes ou como não captam bem a "alma humana". Abordam, digamos, a postura mais patética dos humanos envolvidos. O próprio Watson comenta que Sherlock "lembra Dupin de Edgar Allan Poe", mas que nunca imaginou que "existissem pessoas assim na vida real". E Sherlock retruca que "Dupin era um sujeito muito inferior. Aquele truque de se intrometer nos pensamentos com um comentário oportuno depois de um quarto de hora de silêncio é por demais aparatoso e superficial. Ele tinha algum talento analítico, sem dúvida; mas não era de maneira alguma o fenômenos que Poe parecia imaginar" (ibidem, p.35)).

Assim como Sherlock ri de Dupin, Poirot, por vezes, ri de Sherlock. Afinal, entram em jogo as "pequenas células cinzentas".

UMA INVESTIGAÇÃO DE FORO ÍNTIMO

Poirot e Sherlock compartilham uma semelhança: resolvem os casos sem necessidade direta de ação, de intervenção viva no problema. No entanto, os fundamentos a partir dos quais procedem são bastante diferentes. Poirot se dedica a pecinhas menos metódicas do que uma reconstituição dos fatos a partir de "tipos ideais", posturas indicativas de um pertencimento, uma atividade, uma profissão e que, de certa forma, "denunciam" figuras sociais diferentes. Para o belga, o embate intelectual acontece em relação às diversas posturas emocionais e às personalidades envolvidas, que podem ou não ser traídas, controladas, retrabalhadas pelos diferentes personagens. Muitas vezes, figuras autoritárias morrem e continuam agindo emocionalmente sobre a trama, inclusive. E alguns enredos, como o de Um crime adormecido (Sleeping Murder), se baseiam em princípios caros à psicanálise: Miss Marple, em seu último caso, lida diretamente com o refoulement infantil (Freud, 1966) da protagonista e assume uma postura próxima à de uma psicanalista-detetive.

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O ator David Suchet deu vida ao detetive belga na série televisiva Agatha Christie's Poirot, no ar entre 1989 e 2013

A destreza de Christie como redatora de fluxos de consciência“tipo de ficção que considera a psique humana como tema central” (Oliveira, 2009, p.14), foi reconhecida até por figuras como Clarice Lispector, cujo "ideal seria escrever alguma coisa que pelo menos no título lembrasse Agatha Christie” (MOSER, 2014) E, por vezes, temos até mesmo personagens-vozes-da-autoridade, como psiquiatras, atuando nos romances policiais. Em Morte na USP (Pellegrini, 2006), a personagem da psiquiatra afirma que "perscrutar a mente humana pode ser doloroso". Ainda assim, "as soluções para seus enigmas são soluções humanas. Baseiam-se na natureza humana. Não há decodificadores secretos, nem cintos de utilidades. Nem seus detetives conhecem a identidade de cento e oitenta e duas espécies diferentes de cinza de tabaco ou onde cada tipo de solo da Grã-Bretanha pode ser encontrado. Na realidade, o que eles conhecem é a psicologia do comportamento humano" (Feinman, 1975, p. 89).

Hercule Poirot não é uma enciclopédia ambulante de dados julgados criteriosos, embora, sim, carregue muitas informações privilegiadas. Circula por rodas particulares, é bem recebido por muitos membros da elite preocupados com uma hiper-exposição e detém um faro especial para não-ditos. O detetive, "habituado às altas esferas da sociedade que frequentava e aos insondáveis mistérios da alma humana, [...] demonstrava ser capaz de dissecar as personalidades mais complexas, bastando-lhe a extraordionária maneira de observar as pessoas e a fiel reconstituição dos fatos pelo cruzamento de vozes, a sua e as alheias" (Chauvin, S/d b, p.03). Talvez por isso mesmo, converteu-se num fardo para Christie.

Jean-Pierre Chauvin considera que "talvez o maior atrativo na obra de Agatha Christie esteja no traço humano e universal de suas criaturas, bem como sua postura diante da suspeita, da vida e da morte" (2017, p.08). Em alguns casos, como a Mansão Hollow“todas as personagens, inclusive a vítima, revelam-se tão psiquicamente ligadas ao passado que isso constitui uma ameaça traumática para o seu senso de identidade” (Rowland, 2001 apud Chauvin, s/d a, p.03).

Mas é em A Casa Torta que podemos ler uma exposição analítica sobre o perfil de assassinos, a partir do ponto de vista do pai do protagonista. O Velho considera que os "psiquiatras [...] já têm tudo esclarecido" (Christie, 2011, p.114) sobre assassinos: "Como são os assassinos? Alguns deles [...] são bons sujeitos. [...] Sujeitos normais [...]. Assassinato é um crime amador [...]. Tem gente que tem a sensação [...] de que esses sujeitos normais foram subjugados, poe assim dizer, pelo assassinato, quase que por acaso. [...] O freio que funciona em nós não funciona neles. Uma criança passa do desejo à ação sem escrúpulos. [...] Mais tarde, passam a sentir que é errado. [...] Não acho, pela minha experiência, que algum assassino já sentiu remorso. [...] Em geral as pessoas matam as pessoas que amam, não as que odeiam. Talvez porque somente as pessoas que você ama podem tornar sua vida realmente insuportável. [...] Nunca conheci um assassino que não fosse vaidoso. É a vaidade que os leva a fazer o estrago, nove entre dez vezes. [...] E tem outra coisa, assassinos querem falar" (ibidem, p.114-116). Em Encontro com a morte"a exemplo de Jane Marple, Poirot insiste na tese de que o assassino revela-se por intermédio da palavra. Particularmente nesse romance [...], a distinção entre o detetive belga e Sherlock Holmes é evidente. Não se trata de sair no encalço de pegadas ou de criar emboscadas para o suspeito, mas de conjecturar sobre a personalidade e as ações da mulher assassinada e daqueles que a cercam" (Chauvin, 2017, p.08). Como não se associar ao processo de análise como um todo, de opressões emocionais expressadas por formas particulares?

O Velho continua, defendendo que "cometer um assassinato deixa o autor do crime numa situação muito solitária. Você quer contar a alguém tudo o que aconteceu... e nunca pode. E isso faz com que você queira contar ainda mais. Portanto, se você não falar como fez isso, pelo menos pode falar sobre o assassinato em si... discuti-lo, criar teorias... analisá-lo". (2011, p.116-117). E a personagem culpada é vista como o resultado da "a fúria do egoísmo contrariado" (ibidem, p.228), numa associação clara entre questões psicanalíticas, dificuldades de solução normalmente obtidas pelas pessoas normais. Nesse sentido, os assassinos não são um exemplo de psicopatia, mas pessoas que conseguem equilibrar outras facetas da vida. O que significa, em parte, que é possível contextualizar suas ações, saindo parcialmente do debate moral (onde as faculdades valorizadas são as conscientes), e entrando em questões pulsionais. Com socializações problemáticas, ou passando por experimentos traumáticos, quem de nós não seria um desajustado potencial?

Por isso mesmo, é preciso um faro particular para captar e elaborar diferentes personalidades dos envolvidos - campo em que Poirot, é claro, se revela excelente. Não se trata de uma generalização, e, por isso, "como costuma acontecer nos romances de Christie, a análise segundo critérios psicológicos contraria a expectativa do pragmático e lerdo Carbury" (Chauvin, 2017, p.07). Por outro lado, chama atenção como Christie vê com reservas figuras dúbias, como a dos atores. A análise de personalidade considera uma verdade inescapável: nessa perspectiva, nunca se pode deixar de ser quem se realmente é, embora se possa agir para confundir os outros envolvidos, camuflar, mentir, alterar versões, chantagear emocionalmente, mudar de comportamento. O exemplo dos atores é usado várias vezes como exemplo traiçoeiro, na medida em que omite qual a genuína personalidade com a qual estamos lidando.

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 A Casa Torta ganhou uma adaptação cinematográfica britânica em 2017

Christie também não deixou de considerar que novos tempos levam a novas psicologias e novas personalidades, o que nem sempre vê com bons olhos. Será o tema do próximo episódio.


REFERÊNCIAS

ALMEIDA, M.A. de, Elementar, meu caro Durkheim! Reflexões sobre sociologia e romance policial, Rev. de C. Sociais, Fortaleza, v.XXII, no.01/02, 1991, p.77-104. Disponível online em: http://www.repositorio.ufc.br/bitstream/riufc/9423/1/1991_art_maalmeida.pdf. Acesso em 10 de março de 2019.

CHAUVIN, Jean-Pierre, A angústia de Gerda Christow (A Mansão Hollow), s/d a. Disponível online em: http://www3.eca.usp.br/sites/default/files/form/biblioteca/acervo/producao-academica/002860402.pdf. Acesso em 01 de março de 2019.

_________, O cão de Agatha Christie, s/d b. Disponível online em: http://www3.eca.usp.br/sites/default/files/form/biblioteca/acervo/producao-academica/002786563.pdf. Acesso em 02 de março de 2019.

_________, Encontro com a morte: tirania e liberdade em Agatha Christie, Rumores, v.11, no.21, jan.-jun. 2017. Disponível online em: http://www.revistas.usp.br/Rumores/article/view/123392/130178. Acesso em 02 de março de 2019.

CHRISTIE, A., A Casa Torta, Porto Alegre e São Paulo: L&PM, 2011.

_________, Assassinato no Expresso Oriente / Morte no Nilo / A Mansão Hollow / Cai o pano, Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2008.

_________, O assassinato de Roger Ackroyd, São Paulo: Globo, 2011.

CONAN DOYLE, Arthur, Um estudo em vermelho, Rio de Janeiro: Zahar, 2013.

OLIVEIRA, Ângela Francisca Almeida de, Fluxo de consciência, psicologia, literatura, teatro: um início de conversa. Cena em Movimento, v. 1, n. 1, p. 14, 2009.

FEINMAN, J., O mundo misterioso de Agatha Christie, Rio de Janeiro: Record, 1975

FORSTER, E.M., Aspectos do romance, São Paulo: Globo, 2005.

FREUD, S., Cinq leçons sur la psychanalyse, Paris: PUF, 1966.

MIJOLLA-MELLOR, S. de, Freud, lecteur d’Agatha Christie, Revue Topique, n.118, 2012, p.73- 84.

MOSER, B., Clarice. São Paulo: Editora Cosac Naify, 2014

PELLEGRINI, A., Morte na USP, Barueri: Manolo, 2006.

Artigos

EL PAÍS. "Quero que meus leitores virem a noite lendo". Entrevista com Raphael Montes. 01 de novembro de 2014. Disponível online em: https://brasil.elpais.com/brasil/2014/11/01/cultura/1414868880_610862.html. Acesso em 02 de março de 2019.

Comentários

  1. Uma coisa que me deixa bolada é o conta Um escândalo na Boêmia (1891), parece que foi o momento que o personagem do Holmes ganha um "boom" de vendas. Ocorreu esse interesse dos britânicos 3 anos apos os assassinatos de Jack Estripador (1888), deixando os ingleses totalmente perplexos, matou 5 mulheres em um período curto de um ano. O cara escrevia cartas para os jornais e para a policia, debochava dos investigadores. Havia um momento histórico de saber como "fazer ciencia", mas acho que esse caso pode ter influenciado um pouco o interesse na época por literatura policial. De qualquer maneira, até hoje nos interessamos pelo mistério e pelas motivações humanas das atrocidades. Todo esse bla bla bla foi para dizer que como fizeram o filme A Casa Torta!!!

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  2. Sensacional! Pense num diálogo que eu não me canso de querer ver rolar: Conan Doyle e Agatha Christie!
    Confesso que de Holmes conheço menos, mas já devorei muitos livros da Rainha. Saudades dessas leituras, faz tempo que não pego um policial pra ler (comofas no doutorado? tem post explicativo? hahaha).
    Depois de Agatha, lembro que engatei numa série de livros do Garcia-Roza, eu achava incrível porque ele tinha essa pegada psicológica dela e os livros eram ambientados no Rio de Janeiro - o inspetor Espinosa mora no Bairro Peixoto, acho até que em alguma medida ele me ajudou a conhecer a cidade.
    (Vi aqui que cê já chegou nele em outras postagens, né, tô tentando acompanhar, to tentando! rsrs)

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